Cavalaria

God Speed, do artista inglês Edmund Leighton , 1900: retratando um cavaleiro de armadura partindo para a guerra e deixando sua amada

Na origem, o termo cavalaria significa "cavalaria", formado em francês antigo , no século XI, a partir de chevalerie (cavaleiros, cavaleiros), ela própria do latim medieval caballarii , o nominativo plural do termo caballārius . ^{[9] [10]} A palavra francesa chevalier originalmente significava "um homem de posição aristocrática, e provavelmente de ascendência nobre, que é capaz, se solicitado, de equipar-se com um cavalo de guerra e as armas de cavaleiro pesado e que já foi através de certos rituais que o tornam o que ele é ". ^[11] Portanto, durante a Idade Média , o plural chevalerie (transformado em inglês na palavra "cavalaria") denotava originalmente o corpo de cavalaria pesada após a formação no campo. ^[12] Em inglês, o termo aparece em 1292 (observe que cavalaria vem da forma italiana da mesma palavra). ^{[Nota 3]}

O significado do termo evoluiu ao longo do tempo para um sentido mais amplo, porque na Idade Média o significado de chevalier mudou do significado militar concreto original "status ou taxa associada a um seguidor militar possuindo um cavalo de guerra " ou "um grupo de cavaleiros montados "ao ideal do ethos guerreiro cristão propagado no gênero romance , que estava se tornando popular durante o século 12, e o ideal do amor cortês propagado no Minnesang contemporâneo e gêneros relacionados. ^[14]

As ideias da cavalaria são resumidas em três obras medievais: o poema anônimo Ordene de chevalerie , que conta a história de como Hugo II de Tiberíades foi capturado e libertado após seu acordo para mostrar a Saladino (1138–1193) o ritual da cavalaria cristã ; ^[15] o Libre del ordre de cavayleria , escrito por Ramon Llull (1232–1315), de Maiorca , cujo tema é a cavalaria; ^[16] e o Livre de Chevalerie de Geoffroi de Charny (1300–1356), que examina as qualidades da cavalaria, enfatizando a destreza . ^[17] Nenhum dos autores destes três textos conhecia os outros dois textos, e os três se combinam para descrever um conceito geral de cavalaria que não está precisamente em harmonia com nenhum deles. Em diferentes graus e com diferentes detalhes, eles falam da cavalaria como um modo de vida em que os militares, a nobreza e a religião se combinam. ^[18]

O "código de cavalaria" é, portanto, um produto do final da Idade Média , evoluindo após o fim das cruzadas em parte de uma idealização dos cavaleiros históricos que lutaram na Terra Santa e de ideais de amor cortês.

10 mandamentos de cavalaria

Os Dez Mandamentos de cavalaria de Gautier, estabelecidos em 1891, são: ^[19]

1. Você deve acreditar em tudo o que a Igreja ensina e deve observar todas as suas instruções.
2. Você deve defender a Igreja.
3. Deves respeitar todas as fraquezas e te constituir em defensor delas.
4. Amarás o país em que nasceste.
5. Não recuarás diante do teu inimigo.
6. Tu deves fazer guerra contra o infiel sem cessar e sem misericórdia.
7. Deves cumprir escrupulosamente os teus deveres feudais, se não forem contrários às leis de Deus.
8. Nunca mentirás e permanecerás fiel à tua palavra prometida.
9. Você deve ser generoso e dar generosidade a todos.
10. Você deve estar em toda parte e sempre o campeão do Certo e do Bem contra a Injustiça e o Mal. ^[20]

Catherine Hanley diz: "Seu trabalho bastante simplista foi substituído por estudiosos mais recentes." ^[21]

Os defensores do cavalheirismo presumiram, desde o final do período medieval, que houve um tempo no passado em que o cavalheirismo era uma instituição viva, quando os homens agiam cavalheirescamente, quando o cavalheirismo estava vivo e não morto, cuja imitação melhoraria muito o presente. Esta é a louca missão de Dom Quixote , protagonista do romance mais cavalheiresco de todos os tempos e inspirador da cavalaria de Sir Walter Scott e do Sul dos Estados Unidos : ^{[22] : 205–223} para restaurar a era da cavalaria e, assim, melhorar O país dele. ^{[22] : 148} É uma versão do mito da Idade de Ouro .

Com o nascimento da pesquisa histórica e literária moderna, os estudiosos descobriram que, por mais que se busque "A Idade da Cavalaria" no passado, ela está sempre no passado, mesmo desde o Império Romano . ^[23] De Jean Charles Léonard de Sismondi :

Não devemos confundir cavalaria com sistema feudal . O sistema feudal pode ser chamado de vida real do período de que estamos tratando, possuindo suas vantagens e inconvenientes, suas virtudes e seus vícios. A cavalaria, ao contrário, é o mundo ideal, tal como existia na imaginação dos escritores de romances . Seu caráter essencial é a devoção à mulher e à honra. ^{[24] : I, 76-77}

Sismondi faz alusão aos romances arturianos fictícios sobre a corte imaginária do Rei Arthur , que geralmente eram tomados como apresentações factuais de uma época histórica de cavalaria. Ele continua:

Quanto mais de perto olhamos para a história, mais claramente perceberemos que o sistema de cavalaria é uma invenção quase inteiramente poética. É impossível distinguir os países em que se diz ter prevalecido. É sempre representado como distante de nós tanto no tempo quanto no lugar, e enquanto os historiadores contemporâneos nos dão um relato claro, detalhado e completo dos vícios da corte e dos grandes, da ferocidade ou corrupção dos nobres, e dos o servilismo do povo, ficamos espantados ao descobrir que os poetas, depois de um longo lapso de tempo, adornam as mesmas épocas com as mais esplêndidas ficções de graça, virtude e lealdade. Os romancistas do século XII situaram a era da cavalaria na época de Carlos Magno. O período em que existiu esses escritores, é o momento apontado por Francis I . Nos dias atuais [por volta de 1810], imaginamos que ainda podemos ver o cavalheirismo florescendo nas pessoas de Du Guesclin e Bayard , sob Carlos V e Francisco I. Mas quando passamos a examinar um período ou outro, embora encontremos em cada um de alguns espíritos heróicos, somos forçados a confessar que é necessário anteceder a idade da cavalaria, pelo menos três ou quatro séculos antes de qualquer período de história autêntica. ^{[24] : I, 79}

O historiador da cavalaria, Richard W. Kaeuper, viu a cavalaria como um foco central no estudo da Idade Média européia, que muitas vezes foi apresentada como uma influência civilizadora e estabilizadora na turbulenta Idade Média. Ao contrário, Kaueper argumenta "que no problema da ordem pública os próprios cavaleiros desempenhavam um papel ambivalente e problemático e que os guias para sua conduta que o cavalheirismo fornecia eram em si complexos e problemáticos". ^[25] Muitos dos códigos e ideais de cavalaria eram obviamente contraditórios, no entanto, quando os cavaleiros viviam de acordo com eles, eles não levavam a uma "sociedade mais ordenada e pacífica". A concepção tripartida da sociedade europeia medieval (aqueles que rezam, aqueles que lutam e aqueles que trabalham), juntamente com outras subcategorias vinculadas de monarquia e aristocracia, trabalharam em congruência com a cavalaria para reformar a instituição em um esforço "para garantir a ordem pública em um sociedade apenas entrando em sua formação madura. " ^[26]

Kaeuper deixa claro que a condição de cavaleiro e a visão de mundo "daqueles que lutam" eram pré-cristãs de muitas maneiras e fora do alcance da igreja, pelo menos inicialmente. A igreja viu como um dever reformar e guiar os cavaleiros de uma maneira que resistisse aos elementos desordenados, marciais e chauvinistas da cavalaria. ^{[27] A} realeza era uma história semelhante, com a cavalaria em muitos pontos conflitando com a soberania do rei sobre a condução da guerra e disputas pessoais entre cavaleiros e outros cavaleiros (e até mesmo entre cavaleiros e a aristocracia). ^[28] Enquanto a visão de mundo de "aqueles que trabalham" (a florescente classe mercantil e burguesia) ainda estava em incubação, Kaeuper deixa claro que a classe social e econômica que acabaria por definir a modernidade estava fundamentalmente em conflito com os cavaleiros e aqueles com o valor cavalheiresco via os valores do comércio como inferiores. Aqueles que se engajaram no comércio e derivaram seu sistema de valores dele poderiam ser confrontados com a violência dos cavaleiros, se necessário. ^[29]

De acordo com Crouch , muitos dos primeiros escritores da cavalaria medieval não são confiáveis ​​como historiadores, porque às vezes eles têm "um propósito polêmico que influencia sua prosa". ^[30] Quanto a Kenelm Henry Digby e Léon Gautier , a cavalaria foi um meio de transformar seus mundos corruptos e seculares. ^[31] Gautier também enfatizou que o cavalheirismo se originou nas florestas teutônicas e foi educado na civilização pela Igreja Católica . ^[32] Charles Mills usou o cavalheirismo "para demonstrar que o cavalheiro da Regência era o herdeiro ético de uma grande propriedade moral, e para fornecer um inventário de seu tesouro". ^[31] Mills também afirmou que a cavalaria era um fenômeno social, não militar, com suas características principais: generosidade, fidelidade, liberalidade e cortesia. ^[33]

Europa antes de 1170: o nobre habitus

De acordo com Crouch, antes da cavalaria codificada havia o código não codificado de conduta nobre que se concentrava no preudomme , que pode ser traduzido como um homem sábio, honesto e sensível. Este código não codificado - conhecido como habitus nobre  - é um termo para o ambiente de expectativas comportamentais e materiais geradas por todas as sociedades e classes. ^[34] Como uma ideia moderna, foi iniciada pelos filósofos / sociólogos franceses Pierre Bourdieu e Maurice Merleau-Ponty , embora exista um precedente para o conceito já nas obras de Aristóteles. ^[35] Crouch argumenta que o habitus sobre o qual "a superestrutura da cavalaria" foi construída e o preudomme fazia parte existia muito antes de 1100, enquanto a conduta nobre medieval codificada só começou entre 1170 e 1220. ^[36]

Os nobres habitus pré-cavalheirescos descobertos por Mills e Gautier são os seguintes:

1. Lealdade : é uma utilidade prática em uma nobreza guerreira. Richard Kaeuper associa lealdade com destreza . ^[37] A importância da reputação de lealdade em conduta nobre é demonstrada na biografia de William Marshal. ^[37]
2. Tolerância : o autocontrole dos cavaleiros em relação a outros guerreiros e nas cortes de seus senhores fazia parte do antigo habitus nobre, conforme mostrado no Conventum de Hugh de Lusignan na década de 1020. ^[38] A nobreza da misericórdia e tolerância estava bem estabelecida na segunda metade do século 12, muito antes de haver qualquer código de cavalaria. ^[39]
3. Hardihood : Historiadores e antropólogos sociais ^{[ quem? ]} documentaram o fato de que a resiliência física e a aptidão na guerra no período formativo mais antigo de "proto-cavalaria" era, para os guerreiros contemporâneos, quase essencial para a cavalaria definida pela cavalaria (salvando a estrutura ética cristão-davídica implícita) e para um guerreiro de qualquer origem, mesmo a mais humilde, demonstrar proezas proeminentes baseadas na fisicalidade no campo de batalha era visto como quase certeza de status de nobre cavaleiro ou motivo para nobilitação imediata. Desferir um golpe poderoso na literatura arturiana quase sempre atesta a nobreza do guerreiro. Autoridades cavalheirescas formais e comentaristas dificilmente estavam em disputa: o autor anônimo de La vraye noblesse , afirma se o príncipe ou autoridade cívica encarnada vê um homem de "baixo grau", mas de porte nobre (isto é, marcialmente imponente no contexto medieval), ele deve promovê-lo à nobreza "mesmo que ele não seja rico ou de linhagem nobre": o "companheiro pobre" que se distingue no valor mundano, encarnado, deve ser "recompensado publicamente". Como o analista escolástico erudito que vê esses assuntos modernamente, Richard Kaeuper resume o assunto: "A nobreza ou valor de um cavaleiro é provado por seus golpes vigorosos em batalha" ( Chivalry and Violence in Medieval Europe , p. 131). A qualidade de pura intrepidez se alinha à tolerância e lealdade por ser uma das virtudes militares do preudomme . Segundo Philip de Navarra, um nobre maduro deveria ter adquirido robustez como parte de suas virtudes morais. Geoffrey de Charny também enfatizou a respeitabilidade masculina da robustez à luz do sentimento religioso do contemptus mundi . ^[40]
4. Largura ou liberalidade : a generosidade fazia parte de uma quantidade nobre. De acordo com Alan de Lille , a generosidade não era apenas uma simples questão de dar o que tinha, mas "Largitas em um homem faziam com que ele não confiasse em ganância ou presentes, e não tivesse nada além de desprezo por subornos." ^[41]
5. A ética davídica : São as qualidades mais fortes do preudomme derivadas dos clérigos da tradição bíblica . O conceito clássico-aristotélico da "personalidade magnânima" na formulação conceitual da noção aqui não é sem relevância, além disso, nem tampouco a tradição germânica e nórdica do líder de um bando de guerra como o "inimigo" heróico e antimaterialista de ouro". Formalmente, o conceito do papel de guardião-protetor cristão-davídico da liderança guerreira foi amplamente articulado inicialmente pela igreja franca , que envolvia legitimar a autoridade legítima, em primeiro lugar, com base em qualquer pretenso guerreiro-chefe sendo eticamente comprometido com a proteção dos fracos e desamparados (nitidamente, a Igreja e as organizações afiliadas estão aqui implícitas principalmente, senão exclusivamente), respeito e provisão de justiça para viúvas e órfãos, e uma oposição militante baseada em princípios, inspirada no idealismo cristão e baseada em princípios à invasões de presunçosos personagens cruéis e injustos que detêm o poder, seja na forma de indisciplinado, "cavaleiro negro" ou "barão-ladrão", como magistrados subprincidentes locais, ou mesmo no contexto de conceber a derrubada hipotética de um monarca que tinha usurpou e violou a lex primordialis ou lex naturae de Deus em seu domínio ao decretar ou permitir costumes ou leis imorais e, assim, autodestroná-los é meta-eticamente, convidando ao tratamento tiranicida. ^[42] O cerne da ética davídica é a benevolência dos fortes para com os fracos. ^[43] Embora uma autoridade um tanto posterior neste contexto específico, João de Salisbury absorveu esta linhagem de justificações filosófico-clericais e cavalheirescas de poder e descreve de forma excelente o aplicador ideal da ética davídica aqui: "O príncipe [guerreiro] consequentemente é o ministro do interesse comum e o servo da equidade, e ele suporta a pessoa pública no sentido de que ele pune os erros e injúrias de todos, e todos os crimes, com equidade imparcial. Sua vara e cajado também, administrados com sábia moderação, restaura as irregularidades e falsos desvios ao caminho reto da eqüidade, para que merecidamente o Espírito parabenize o poder do príncipe com as palavras: 'Tua vara e teu cajado me consolaram.' [Salmo 23: 4] Seu escudo também é forte, mas é um escudo para a proteção dos fracos e que afasta poderosamente os dardos dos ímpios dos inocentes. Aqueles que tiram maior vantagem de seu desempenho dos deveres de seu ofício são aqueles que podem fazer menos por si próprios, e seu poder é principalmente exercido contra aqueles que desejam fazer o mal. Portanto, não sem razão, ele carrega uma espada, com a qual ele derrama sangue irrepreensível, sem se tornar assim um homem de sangue, e freqüentemente leva os homens à morte sem incorrer no nome ou na culpa de homicídio. " ^[44]
6. Honra : honra foi o que foi alcançado ao se viver de acordo com o ideal do preudomme e perseguir as qualidades e comportamentos listados acima. ^[45] Maurice Keen observa que o modo mais condenável e irreversível de "rebaixar" o status honorífico de alguém, novamente humanamente através de olhos contemporâneos, consistia em exibir uma conduta pusilânime no campo de batalha. A perda da honra é uma humilhação para a posição de um homem e é pior do que a morte. Bertran de Born disse: "Para mim, prefiro manter um pequeno pedaço de terra em onor , do que manter um grande império com desonra". ^[45]

O código de cavalaria, como era conhecido no final da Idade Média, desenvolveu-se entre 1170 e 1220. ^[46]

Origens do ethos militar

Reconstrução de um cavaleiro romano ( eques )

A cavalaria foi desenvolvida no norte da França por volta de meados do século 12, mas adotou sua estrutura em um contexto europeu. Novo status social, novas técnicas militares e novos tópicos literários aderiram a um novo personagem conhecido como o cavaleiro e seu ethos chamado cavalaria. ^[47] Um regulamento nos códigos de cavalaria inclui fazer um juramento de lealdade ao suserano e perceber as regras da guerra, o que inclui nunca atacar um oponente indefeso em batalha e, na medida em que se assemelhe a qualquer lei codificada percebida, girava em torno de fazer o esforço em combate, sempre que possível, tomar um companheiro nobre prisioneiro, para resgate posterior , em vez de simplesmente despacharem uns aos outros. ^[48] Os ideais cavalheirescos são baseados nos da classe dos guerreiros do início da Idade Média, e o exercício marcial e a virtude militar continuam sendo parte integrante da cavalaria até o final do período medieval, ^[49] já que a realidade no campo de batalha mudou com o desenvolvimento da guerra da Idade Moderna , e cada vez mais restrita ao campo do torneio e à cultura de duelo . A justa permaneceu como o principal exemplo de demonstração de habilidade marcial pelos cavaleiros durante todo o Renascimento (a última luta do Dia da Ascensão da época elisabetana foi realizada em 1602).

As habilidades marciais do cavaleiro foram transportadas para a prática da caça , e a perícia na caça tornou-se um aspecto importante da vida da corte no final do período medieval (ver termos de caça ). Relacionada à cavalaria estava a prática da heráldica e suas elaboradas regras de exibição de brasões conforme surgia na Alta Idade Média .

Cavalaria e Cristianismo

O cristianismo e a igreja tiveram uma influência modificadora no conceito clássico de heroísmo e virtude, hoje identificado com as virtudes da cavalaria. ^{[50] [51]} A Paz e Trégua de Deus no século 10 foi um exemplo, com limites colocados aos cavaleiros para proteger e honrar os membros mais fracos da sociedade e também ajudar a igreja a manter a paz. Ao mesmo tempo, a igreja tornou-se mais tolerante com a guerra em defesa da fé, defendendo teorias da guerra justa ; e foram introduzidas liturgias que abençoavam a espada do cavaleiro e um banho de purificação cavalheiresca. Na história dos romances do Graal e de Chevalier au Cygne , era a confiança da cavalaria cristã que seu modo de vida era agradar a Deus, e o cavalheirismo era uma ordem de Deus. ^[52] Assim, a cavalaria como vocação cristã era o resultado do casamento entre os valores heróicos teutônicos com a tradição militante do Antigo Testamento . ^[38]

O primeiro apoio notado para a vocação cavalheiresca, ou o estabelecimento da classe cavalheiresca para garantir a santidade e legitimidade do Cristianismo, foi escrito em 930 por Odo , abade de Cluny , na Vita de São Geraldo de Aurillac , que argumentou que a santidade de Cristo e a doutrina cristã podem ser demonstrados através do desembainhamento legítimo da "espada contra o inimigo". ^[53] No século 11, o conceito de um "cavaleiro de Cristo" ( milhas Christi ) ganhou popularidade na França, Espanha e Itália. ^[49] Esses conceitos de "cavalaria religiosa" foram mais elaborados na era das Cruzadas , com as próprias Cruzadas sendo frequentemente vistas como um empreendimento cavalheiresco. ^[49] Suas idéias de cavalaria também foram influenciadas por Saladino , que era visto como um cavaleiro cavalheiresco por escritores cristãos medievais. As ordens militares das cruzadas que se desenvolveram neste período passaram a ser vistas como o primeiro florescimento da cavalaria, ^[54] embora não esteja claro até que ponto os cavaleiros notáveis ​​desse período - como Saladino , Godofredo de Bouillon , William Marshal ou Bertrand du Guesclin - na verdade estabeleceu novos padrões de comportamento cavalheiresco, ou até que ponto eles meramente se comportavam de acordo com os modelos de conduta existentes que, em retrospecto, passaram a ser interpretados segundo as linhas do ideal de "cavalaria" do final da Idade Média. ^[49] No entanto, cavalheirismo e cruzadas não eram a mesma coisa. Embora a ideologia das cruzadas tenha influenciado amplamente a ética da cavalaria durante seus tempos de formação, a cavalaria em si estava relacionada a toda uma gama de atividades marciais e valores aristocráticos que não tinham ligação necessária com as cruzadas. ^[55]

Literatura medieval e a influência dos mouros e romanos

A partir do século 12 a cavalaria passou a ser entendida como um código moral, religioso e social de conduta cavalheiresca. As particularidades do código variavam, mas os códigos enfatizariam as virtudes de coragem, honra e serviço. Cavalheirismo também passou a se referir a uma idealização da vida e dos modos do cavaleiro em casa em seu castelo e com sua corte.

A cavalaria europeia deveu-se muito à cavalaria dos mouros (muçulmanos) na Espanha, ou al-Andalus, como o chamavam. foram muito influenciados pela literatura árabe. “A cavalaria era a característica mais proeminente dos 'mouros' muçulmanos que conquistaram a Península Ibérica ... começando em 711 DC. Na cultura árabe clássica, para se tornar um verdadeiro Cavaleiro (Fáris) (فارس), era preciso dominar as virtudes de dignidade, eloqüência, gentileza, equitação e talentos artísticos, bem como força e habilidade com armas. Essas antigas virtudes cavalheirescas foram promovidas pelos mouros, que constituíam a maioria da população da Península Ibérica em 1100 DC, e suas antigas contribuições árabes para a cavalaria rapidamente se espalhou por toda a Europa. " ^[56]

A literatura de cavalaria, bravura, expressão figurativa e imagens fez o seu caminho para a literatura ocidental através da literatura árabe na Andaluzia em particular. O famoso autor espanhol Blasco Ibáñez afirma: “A Europa não conheceu a cavalaria, nem a literatura que adotou, nem o senso de honra antes da chegada dos árabes à Andaluzia e da ampla presença de seus cavaleiros e heróis nos países do sul”.

O andaluz Ibn Hazm e seu famoso livro O Anel da Pomba ( Tawq al-Ḥamāmah ) tiveram um grande impacto sobre os poetas da Espanha e do sul da França depois que a comunidade islâmica se uniu à comunidade cristã. ^{[ duvidoso - discussão ]} A língua árabe era a língua do país e das pessoas de alta classe. Em muitas províncias espanholas cristãs, poetas cristãos e muçulmanos costumavam se reunir na corte do governador. Os poetas europeus da época eram bons em compor poesia árabe. Por isso, Henry Maro afirma: "O impacto árabe na civilização dos povos romanos não se limitou apenas às artes plásticas, mas estendeu-se também à música e à poesia". ^{[ citação necessária ]}

A influência da literatura árabe sobre os escritores europeus é comprovada pelo que Reinhart Dozy citou em seu livro Spanish Islam: History of Muslims in Spain , do escritor espanhol AlGharo, ^{[ quem? ]} que lamentava profundamente a negligência do latim e do grego e a aceitação da língua dos muçulmanos, ele disse: "As pessoas inteligentes e eloqüentes são enfeitiçadas pelo som do árabe e desprezam o latim. Eles começaram a escrever no linguagem daqueles que os derrotaram. " ^[44]

Um contemporâneo seu, mais influenciado por sentimentos nacionalistas, expressou sua amargura quando ele ^{[ quem? ]} disse:

Meus irmãos cristãos admiram a poesia e as histórias de cavalaria dos árabes e estudam os livros escritos por filosofias e estudiosos dos muçulmanos. Eles não fazem isso para refutá-los, mas sim para aprender o eloqüente estilo árabe. Onde hoje - além do clero - estão aqueles que lêem os comentários religiosos sobre o Antigo e Novo Testamentos? Onde estão aqueles que lêem os Evangelhos e as palavras dos Profetas? Infelizmente, a nova geração de cristãos inteligentes não conhece bem nenhuma literatura e língua além da literatura árabe e da língua árabe. Eles leem avidamente os livros dos árabes e acumulam enormes bibliotecas desses livros com grande custo; eles olham para esses tesouros árabes com grande orgulho, na época em que se abstêm de ler livros cristãos com base nos quais não vale a pena prestar atenção. Que pena que os cristãos se esqueceram da sua língua e hoje em dia não se encontra entre eles um em mil que pudesse escrever uma carta a um amigo na sua própria língua. Mas, no que diz respeito à língua dos árabes, quantos há que nela se expressam fluentemente com o estilo mais eloqüente, e escrevem poesia dos próprios árabes em sua eloqüência e uso correto. ^{[ citação necessária ]}

A literatura da corte medieval glorifica o valor, as táticas e os ideais tanto dos mouros quanto dos antigos romanos. ^[49] Por exemplo, o antigo manual de guerra escrito por Vegetius chamado De re militari foi traduzido para o francês no século 13 como L'Art de chevalerie de Jean de Meun . Escritores posteriores também se inspiraram em Vegécio, como Honoré Bonet, que escreveu L'Arbes des batailles do século 14 , que discutia a moral e as leis da guerra. No século 15, Christine de Pizan combinou temas de Vegetius, Bonet e Frontinus em Livre des faits d'armes et de chevalerie . ^{[ citação necessária ]}

No final da Idade Média, os mercadores ricos se esforçaram para adotar atitudes cavalheirescas - os filhos da burguesia foram educados em cortes aristocráticas, onde foram treinados nas maneiras da classe dos cavaleiros. ^[49] Isso foi uma democratização da cavalaria, levando a um novo gênero chamado de livro de cortesia , que guiava o comportamento dos "cavalheiros". Assim, o código cavalheiresco pós-medieval do valor da honra do homem, do respeito pelas mulheres e da preocupação pelos menos afortunados deriva diretamente dos ideais anteriores de cavalheirismo e das forças históricas que o criaram. ^[49]

O desenvolvimento medieval da cavalaria, com o conceito da honra de uma dama e a conseqüente devoção cavalheiresca a ela, não só derivou do pensamento sobre a Virgem Maria , mas também contribuiu para isso. ^[57] A veneração medieval da Virgem Maria foi contrastada pelo fato de que as mulheres comuns, especialmente aquelas fora dos círculos aristocráticos, eram desprezadas. ^{[ carece de fontes? ]} Embora às vezes as mulheres fossem vistas como a fonte do mal, foi Maria quem, como mediadora para Deus, foi uma fonte de refúgio para o homem. O desenvolvimento da mariologia medieval e as mudanças de atitude em relação às mulheres eram paralelas e podem ser melhor compreendidas em um contexto comum. ^[58]

Cavaleiros de Cristo por Jan van Eyck

Ao examinar a literatura medieval , o cavalheirismo pode ser classificado em três áreas básicas, mas que se sobrepõem:

1. Deveres para com os compatriotas e companheiros cristãos: contém virtudes como misericórdia, coragem, bravura, justiça, proteção dos fracos e pobres e na servidão do cavaleiro ao seu senhor. Isso também traz consigo a ideia de estar disposto a dar a vida por outra; se ele estaria dando sua vida por um homem pobre ou por seu senhor.
2. Deveres para com Deus: isso incluiria ser fiel a Deus, proteger os inocentes, ser fiel à igreja, ser o campeão do bem contra o mal, ser generoso e obedecer a Deus acima do senhor feudal.
3. Deveres para com as mulheres: este é provavelmente o aspecto mais familiar do cavalheirismo. Isso conteria o que costuma ser chamado de amor cortês, a ideia de que o cavaleiro deve servir a uma dama e, depois dela, a todas as outras damas. Mais especialmente nesta categoria está uma gentileza geral e graciosidade para todas as mulheres.

Essas três áreas obviamente se sobrepõem com bastante frequência no cavalheirismo e são freqüentemente indistinguíveis. ^{[ citação necessária ]}

Diferentes pesos dados a diferentes áreas produziram diferentes vertentes de cavalheirismo:

1. cavalaria guerreira, em que o principal dever de um cavaleiro é para com seu senhor, como exemplificado por Sir Gawain em Sir Gawain e o Cavaleiro Verde e O Casamento de Sir Gawain e Dama Ragnelle
2. cavalaria religiosa, na qual o principal dever do cavaleiro é proteger os inocentes e servir a Deus, como exemplificado por Sir Galahad ou Sir Percival nas lendas do Graal .
3. cavalheirismo de amor cortês, em que o principal dever de um cavaleiro é para com sua própria dama e, depois dela, todas as damas, como exemplificado por Sir Lancelot em seu amor pela Rainha Guinevere ou por Sir Tristan em seu amor por Iseult

Idade Média tardia

No século 14, Jean Froissart escreveu suas Crônicas que capturaram grande parte da Guerra dos Cem Anos , incluindo a Batalha de Crécy e mais tarde a Batalha de Poitiers, ambas as quais viram a derrota da nobreza francesa por exércitos compostos em grande parte por homens comuns usando arcos longos . A tática cavalheiresca empregada pela nobreza blindada francesa, ou seja, atacar bravamente a oposição diante de uma saraivada de flechas, falhou repetidamente. Froissart notou os ataques subsequentes de arqueiros ingleses e galeses comuns aos cavaleiros franceses caídos.

Suas Crônicas também capturaram uma série de revoltas de pessoas comuns contra a nobreza, como a Jacquerie e a Revolta do Camponês e a ascensão do homem comum a posições de liderança dentro dos exércitos. Muitos desses homens foram promovidos durante a Guerra dos Cem Anos, mas mais tarde foram deixados na França quando os nobres ingleses voltaram para casa e se tornaram mercenários nas Companhias Livres , por exemplo John Hawkwood , o líder mercenário da Companhia Branca . A ascensão de soldados efetivos e pagos substituiu os nobres soldados durante este período, levando a uma nova classe de líderes militares sem qualquer adesão ao código de cavalaria.

A cavalaria passou por um renascimento e elaboração de cerimônias e regras de etiqueta cavalheirescas no século XIV que foram examinadas por Johan Huizinga , em The Waning of the Middle Ages , em que dedica um capítulo completo a "A ideia de cavalaria". Ao contrastar os padrões literários de cavalaria com a guerra real da época, o historiador considera ilusória a imitação de um passado ideal; em uma cultura aristocrática como a da Borgonha e da França no final da Idade Média, "ser representante da verdadeira cultura significa produzir pela conduta, pelos costumes, pelos modos, pelo traje, pelo comportamento, a ilusão de um ser heróico, pleno de dignidade e honra, de sabedoria e, em todo caso, de cortesia. ... O sonho da perfeição passada enobrece a vida e suas formas, enche-as de beleza e as modela de novo como formas de arte ”. ^[59]

O Japão foi o único país que proibiu completamente o uso de armas de fogo para manter os ideais de cavalaria e formas aceitáveis ​​de combate. Em 1543, o Japão estabeleceu um monopólio governamental de armas de fogo. O governo japonês destruiu armas de fogo e impôs uma preferência por armas tradicionais japonesas. ^[60]

O fim do cavalheirismo

O cavalheirismo era dinâmico e se transformava e se ajustava em resposta às situações locais e é isso que provavelmente levou ao seu fim. Havia muitos grupos de cavalaria na Inglaterra, conforme imaginado por Sir Thomas Malory quando escreveu Le Morte d'Arthur no final do século 15; ^[61] talvez cada grupo criou cada ideologia cavalheiresca. E a perspectiva de Malory reflete a condição da cavalaria do século XV. ^[62] Quando Le Morte d'Arthur foi impresso, William Caxton pediu aos cavaleiros que lessem o romance com a expectativa de que ler sobre cavalaria poderia unir uma comunidade de cavaleiros já dividida pela Guerra das Rosas . ^[63]

Durante o início do governo Tudor na Inglaterra , alguns cavaleiros ainda lutavam de acordo com o ethos. Menos cavaleiros estavam engajados na guerra ativa porque os campos de batalha durante este século eram geralmente a área de infantaria profissional, com menos oportunidades para os cavaleiros mostrarem cavalheirismo. ^[64] Foi o início da morte do cavaleiro. A patente de cavaleiro nunca desapareceu, mas foi a Rainha Elizabeth I que pôs fim à tradição de que qualquer cavaleiro poderia criar outra e torná-la exclusiva do monarca. ^[65] Christopher Wilkins afirma que Sir Edward Woodville , que cavalgou de batalha em batalha pela Europa e morreu em 1488 na Bretanha , foi o último cavaleiro errante que testemunhou a queda da Era da Cavalaria e o surgimento da guerra moderna na Europa. Quando a Idade Média acabou, o código de cavalaria havia desaparecido. ^[66]

Manifestações e avivamentos modernos

Representação de ideais cavalheirescos no Romantismo ( Stitching the Standard, de Edmund Blair Leighton : a senhora se prepara para um cavaleiro ir para a guerra)

Cavalheirismo! - ora, donzela, ela é a ama de puro e elevado afeto - a permanência dos oprimidos, a reparadora de injustiças, a contenção do poder do tirano - A nobreza era apenas um nome vazio sem ela, e a liberdade encontra a melhor proteção em sua lança e sua espada.

- Walter Scott , Ivanhoe (1820)

O ideal cavalheiresco persistiu no início do período moderno e moderno. O costume de fundação de ordens cavalheirescas por monarcas da Europa e alta nobreza atingiu seu pico no final do período medieval, mas persistiu durante a Renascença e bem no período barroco e no início do período moderno, por exemplo, a Ordem de Santo Estêvão da Toscana (1561), os franceses Ordem de São Luís (1693) ou Ordem Anglo-Irlandesa de São Patrício (1783) e numerosas ordens dinásticas de cavalaria permanecem ativas em países que mantêm uma tradição de monarquia.

Ao mesmo tempo, com a mudança das ideias cortesãs durante o período barroco , os ideais da cavalaria começaram a ser vistos como datados, ou "medievais". Dom Quixote , publicado em 1605–15, burlesqued o romance ou romance de cavalaria medieval ao ridicularizar a adesão teimosa ao código de cavalaria em face do mundo então moderno como anacrônico, dando origem ao termo quixotismo . Por outro lado, elementos do Romantismo procuraram reviver esses ideais ou estéticas "medievais" no final do século 18 e início do século 19.

O código de comportamento dos oficiais militares até a era napoleônica , a Guerra Civil Americana (especialmente como idealizado no movimento " Causa Perdida ") e, em certa medida, até a Primeira Guerra Mundial , ainda era fortemente modelado nos ideais históricos, resultando em uma cultura de duelo pronunciada , que em algumas partes da Europa também dominou a vida civil das classes altas. Com o declínio do Império Otomano , entretanto, a ameaça militar dos "infiéis" desapareceu. As guerras religiosas europeias ocorreram durante grande parte do início do período moderno e consistiram em lutas internas entre facções de várias denominações cristãs. Esse processo de confessionalização acabou dando origem a um novo etos militar baseado no nacionalismo, em vez de "defender a fé contra os infiéis".

No sul dos Estados Unidos, em meados do século 19, John C. Breckinridge, do Kentucky, foi saudado como o epítome da cavalaria. Ele gozava de uma reputação de dignidade e integridade, e especialmente sua aparência alta, graciosa e bonita, com penetrantes olhos azuis e expressão de aparência nobre, com maneiras cordiais, voz agradável e discurso eloqüente que era muito apreciado por eleitores, soldados e mulheres. . ^[67]

Desde o início do período moderno , o termo galantaria (de galant , o ideal barroco de elegância refinada), em vez de cavalheirismo, passou a ser usado para designar o comportamento e a atuação adequados dos homens da classe alta em relação às mulheres da classe alta.

No século 19, houve tentativas de reviver o cavalheirismo para os propósitos do cavalheiro da época.

Kenelm Henry Digby escreveu seu The Broad-Stone of Honor com esse propósito, oferecendo a definição: 'Cavalheirismo é apenas um nome para aquele espírito geral ou estado de espírito que dispõe os homens para ações heróicas e os mantém familiarizados com tudo o que é belo e sublime no mundo intelectual e moral '.

As virtudes marcadamente masculinas da cavalaria foram atacadas nas partes das sufragistas da classe alta que lutavam pela igualdade de gênero no início do século 20 ^{[Nota 4]} e com o declínio dos ideais militares da cultura de duelo e das aristocracias europeias em geral a seguir Com a catástrofe da Primeira Guerra Mundial , os ideais de cavalaria tornaram-se amplamente vistos como antiquados em meados do século XX. Como um reflexo material desse processo, a espada de gala perdeu sua posição como parte indispensável do guarda-roupa de um cavalheiro, um desenvolvimento descrito como um "término arqueológico" por Ewart Oakeshott , ao encerrar o longo período durante o qual a espada havia sido um visível atributo do homem livre, começando há três milênios com a espada da Idade do Bronze . ^[69]

Durante o século 20, o ideal cavalheiresco de proteger as mulheres passou a ser visto como um tropo do melodrama (" donzela em perigo "). O termo cavalaria mantém uma certa moeda na sociologia, em referência à tendência geral dos homens, e da sociedade em geral, de prestar mais atenção oferecendo proteção contra danos às mulheres do que aos homens, ou observando lacunas de gênero na expectativa de vida , saúde , etc., também expresso no preconceito da mídia dando significativamente mais atenção às vítimas do sexo feminino do que aos do sexo masculino. ^{[Nota 5]}

Formado em 1907, o primeiro acampamento de escoteiros do mundo, o acampamento de escoteiros da Ilha de Brownsea , começou como um acampamento para meninos na Ilha de Brownsea em Poole Harbour , no sul da Inglaterra, organizado pelo Tenente-General do Exército Britânico Robert Baden-Powell para testar suas idéias para o livro Escotismo para meninos . Escoteiros de diferentes origens sociais no Reino Unido participaram de 1 a 8 de agosto de 1907 em atividades de acampamento , observação , artesanato em madeira , cavalaria, salvamento de vidas e patriotismo . ^[71]

Segundo William Manchester , o General Douglas MacArthur foi um guerreiro cavalheiresco que travou uma guerra com a intenção de conquistar o inimigo, eliminando por completo sua capacidade de revidar, depois os tratou com a compreensão e a gentileza devidas à sua honra e coragem. Um modelo proeminente de sua conduta cavalheiresca foi na Segunda Guerra Mundial e seu tratamento aos japoneses no final da guerra. O modelo de MacArthur fornece uma maneira de vencer uma guerra com o mínimo de baixas possível e como obter o respeito do ex-inimigo após a ocupação de sua terra natal. ^[72] Em 12 de maio de 1962, MacArthur fez um famoso discurso na frente dos cadetes da Academia Militar dos Estados Unidos em West Point , referindo-se a um grande código moral, o código de conduta e cavalheirismo, ao enfatizar o dever, a honra e o país . ^[73]

Miguel de Cervantes , na Parte I de Dom Quixote (1605), ataca a literatura cavalheiresca como historicamente imprecisa e, portanto, prejudicial (veja a história do romance ), embora estivesse totalmente de acordo com muitos dos chamados princípios cavalheirescos e guias de comportamento. Ele brincou, mas nunca foi capaz de escrever um romance de cavalaria que fosse historicamente verdadeiro. ^[74]

O humanista italiano Petrarca não gostava do cavalheirismo. ^[75]

Peter Wright critica a tendência de produzir descrições singulares de cavalheirismo, alegando que há muitas variações ou "cavalarias". Entre os diferentes cavalheiros, Wright inclui "cavalheirismo militar" completo com seu código de conduta e contextos adequados, e " cavalheirismo romântico " dirigido por mulher completo com seu código de conduta e contextos apropriados, entre outros. ^{[76] [77]}

• O livro do cortesão
• Domnei
• Habitus (sociologia)
• Tribunal Superior de Cavalaria
• Junzi
• Cavaleiro errante
• Elite militar
• Nove Worthies
• Obrigação nobre
• Pas d'Armes
• Cavalaria espanhola
• Virtude
• Código de guerreiro
• Mulheres e crianças primeiro

Comparações interculturais

• Ayyaran
• Futuwwa
• Bushido
• Cavaleiro errante chinês
• Emi Omo Eso
• Eso Ikoyi
• Furusiyya
• Maharlika
• Samurai
• Timawa

Citações

Bibliografia

• Alexander, Michael. (2007) Medievalism: The Middle Ages in Modern England , Yale University Press. Alexandre rejeita a ideia de que o medievalismo, um movimento cultural difundido no século XIX e no início do século XX, estava confinado ao período vitoriano e argumenta contra a suspeita de que era por natureza escapista.
• Davis, Alex (2004). Cavalheirismo e romance no Renascimento inglês . Woodcock, Matthew.
• Barber, Richard (1980). "O Reino da Cavalaria".
• Bouchard, Constance Brittain (1998). Corpo forte, valente e nobre: ​​cavalheirismo e sociedade na França medieval . Cornell University Press , 1998. ISBN  0-8014-8548-7
• Charny, Geoffroi de , morreu em 1356 (2005). Livro de cavalaria do próprio cavaleiro (Série da Idade Média). Traduzido por Elspeth Kennedy. Editado e com uma introdução histórica por Richard W. Kaeuper . University of Pennsylvania Press. Celebrado tratado sobre a cavalaria de Geoffroi de Charny (1304? -56), considerado por seus contemporâneos o cavaleiro por excelência de sua época. Ele foi morto durante a Guerra dos Cem Anos na Batalha de Poitiers .
• Crouch, David (2019). A virada cavalheiresca: conduta e hegemonia na Europa antes de 1300 . imprensa da Universidade de Oxford
• Girouard, Mark (1981). O Retorno a Camelot: Cavalaria e o Cavalheiro Inglês . Yale University Press.
• Jones, Robert W. e Peter Coss, eds. A Companion to Chivalry (Boydell Press, 2019). 400 pp. Revisão online
• Kaeuper, Richard W. (1999). Cavalheirismo e violência na Europa medieval . Oxford University Press, 1999.
• Kaeuper, Richard W. (2009). Guerreiros sagrados: a ideologia religiosa da cavalaria . A série da Idade Média. University of Pennsylvania Press. O mais estudioso da cavalaria argumenta que os cavaleiros proclamavam a validade de sua profissão sangrenta apropriando-se seletivamente de ideais religiosos.
• Keen, Maurice (1984). Cavalheirismo . Yale University Press. ISBN  0-300-03150-5 / ISBN  0-300-10767-6 (reimpressão de 2005).
• Saul, Nigel (2011). Cavalaria na Inglaterra Medieval . Harvard University Press. Explora o papel da cavalaria na história inglesa da Conquista normanda à vitória de Henrique VII em Bosworth na Guerra das Rosas.

• Wright, Peter. "Cavalheirismo desgraçado: da preocupação com a fraqueza à exploração sexual." New Male Studies, ISSN 1839-7816 ~ Vol 7 Issue 2, pp. 43-59, (2018)
• Laura Ashe (Universidade de Oxford), Miri Rubin (Universidade de Londres) e Matthew Strickland (Universidade de Glasgow), entrevistado por Melvin Bragg, "Chivalry", In Our Time , BBC Radio 4 (13 de fevereiro de 2014) . Inclui bibliografia para leitura adicional. Podcast disponível para download.
• Charles Moeller (1908). " Cavalheirismo ". Na Enciclopédia Católica . 3 . Nova York: Robert Appleton Company.
• "Chivalry" , Encyclopædia Britannica , artigo completo, edição mais recente.
• "Cavalheirismo durante o Reinado de Edward III" , de Shadow Realms.
• "Cavalaria Medieval" . Arquivado do original em 8 de dezembro de 2017 . Página visitada em 14 de abril de 2011 .
• "Dicotomia espacial no romance de cavalaria medieval (cidade / floresta) Elbakidze, MV" Arquivo original em 25 de dezembro de 2019 . Retirado em 15 de novembro de 2014 .
• A Arte da Cavalaria: armas e armaduras europeias do Metropolitan Museum of Art: uma exposição , emitida em conexão com uma exposição de 1982 no Metropolitan Museum of Art
• "Cavalheirismo"  . Encyclopædia Britannica . 6 (11ª ed.). 1911. p. 253.